quinta-feira, dezembro 02, 2004Não me negue uma florPasso na frente de uma grande empresa. Final de Ano, muitos funcionários saindo com cestas básicas. Avisto a famosa placa: NÃO HÁ VAGAS! Como é tosco ter esta placa, né? Extremamente seca, com a indireta “não nos incomode”. Pensando nisto passo em frente à casa ao lado da empresa. Avisto um coqueirinho cheio daquelas Orquídeas parasitas tão comuns em Curitiba. Muito bonitas por sinal. Opa, tem uma placa no meio. Forço meus olhos míopes e leio: NÃO FORNEÇO MUDAS! Sério... Muito mais tosco do que dizer que não há vagas. Me lembrei de um trauma de infância. Kathia Delari voltando da escola com seus amiguinhos do Pré, toda faceira. Avista vários canteiros de flores em volta das árvores, coisa muito comum em Umuarama. Resolve arrancar uma para levar para a Mãe. Feliz da vida comete a infração, mas o dono da casa vê, grita com ela. Os amiguinhos todos correm. Ela fica paralisada com a flor na mão, ele vem em sua direção e lhe dá um doído puxão de orelha. Ela chora e volta pra casa, com a cara toda molhada das lágrimas e sem uma linda flor para entregar à Mãe. Só os soluços e a explicação. Alguns meses depois a Família Delari se muda. O destino faz com que sejam vizinhos do velho chato feio e bobo que lhe puxou a orelha. Mas encarar o inimigo não adiantou. Até hoje ela se lembra do incidente. Quase toda vez que encontra o vizinho lhe cumprimenta com um sorriso amarelo e pensa “velho chato, feio e bobo que me negou uma flor quando eu tinha 5 anos!”. Será que preciso de análise? Kathia 5:29 PM
Fale vc tbém:
Postar um comentário
|
